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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A mulher do vestido vermelho

Ela comprava um vestido. Simples, assim como ela; e de cor vermelha, sua preferida. Prova que, apesar dos pesares, não está disposta, mesmo que no sentido figurado, a vestir-se de preto nem a usar um véu negro. Radiante, sorria, quando uma conhecida a colocou novamente cara a cara com a verdade. Chorou o choro daqueles amantes que têm o coração puro. Não sequei suas lágrimas. Deixei que estas rolassem por sua face. Senti vergonha por presenciar uma cena tão íntima, que a mim não pertencia, mesmo que ela seja minha mãe e chorasse por (falta de) meu pai. Quando a calma voltou a se fazer presente, sorri e a beijei, como que dizendo “estamos juntos nessa”. Nessa vida. Saímos pelas ruas de mãos dadas, felizes com as boas notícias que os ventos hoje trouxeram e fazendo planos de um futuro bom.